Vida Loca morre fazendo jus ao apelido
Cássio Alexandre Ribeiro, de 44 anos, conhecido como “Vida Loca”, morreu carbonizado na tarde desse sábado (18), em sua cela, na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), no Rio Grande do Sul.
Natural de Venâncio Aires, Cássio era uma figura conhecida no meio policial desde a adolescência. Ele era considerado uma liderança no tráfico de drogas da região e fazia parte da cúpula da facção criminosa Os Manos.
Com um extenso histórico criminal, que incluía assaltos e envolvimento em ações violentas, “Vida Loca” chegou a cumprir pena em uma penitenciária federal de alta segurança devido à sua periculosidade. Ele era um dos criminosos mais perigosos já produzidos pela Capital do Chimarrão; está para Venâncio Aires assim como o quadrilheiro Seco está para Candelária.
Entre as acusações contra Cássio, estava o comando de um ataque incendiário a uma loja pertencente a um policial militar, localizada na rua Osvaldo Aranha, em Venâncio Aires. O caso gerou forte resposta das forças de segurança na região, incluindo a utilização de helicópteros e pelo menos cinco criminosos foram presos em poucos dias.
Morte louca
De acordo com informações preliminares, o incêndio que resultou na morte do detento teria começado durante um protesto iniciado por ele dentro da cela. Cássio estava sozinho no recinto e, supostamente, manifestava-se contra a falta de água no complexo prisional.
O sábado foi o dia mais quente do ano no Rio Grande do Sul, com a sensação térmica ultrapassando os 40°C em várias cidades do Estado, o que pode ter intensificado o descontentamento do apenado.
Em nota oficial, a Polícia Penal relatou que agentes perceberam o início do incêndio e agiram prontamente para combatê-lo. No entanto, ao conseguirem controlar as chamas, encontraram Cássio já sem sinais vitais.
As autoridades abriram uma investigação para apurar as circunstâncias do ocorrido, incluindo o motivo do incêndio e as condições da penitenciária no momento da morte.