Vacas mortas na enchente seguem em fazenda, oito meses depois
Vacas mortas permanecem em uma fazenda, em Vila Mariante, distrito de Venâncio Aires, oito meses depois da enchente histórica do início de maio. A apuração é do portal G1, em matéria publicada nesse fim de semana.
Os corpos dos animais seguem no mesmo local desde a tragédia, alguns presos às cercas dos currais, somando-se a dezenas de outros que morreram na propriedade, situada às margens do rio Taquari.
Cerca de 80 animais morreram na fazenda durante as cheias. Outros animais vivos convivem a poucos metros dos cadáveres, em uma situação que preocupa produtores rurais.
Gilmar Rodrigues de Oliveira, agricultor e tesoureiro dos produtores rurais de Venâncio Aires, afirmou ao G1 que a mesma realidade se repete em diversas propriedades da região. Segundo ele, é urgente o suporte do poder público para a limpeza das áreas atingidas.
É preciso pedir
Questionada sobre a situação, a prefeitura de Venâncio Aires disse ao site de Porto Alegre que disponibilizou auxílio para a limpeza de casas e propriedades rurais, mas ressaltou que os produtores precisam solicitar o serviço, o que, segundo o Município, não ocorreu na área mencionada. O dono da fazenda não foi encontrado para comentar.
O governo do Rio Grande do Sul afirmou que realizou ações em Venâncio Aires desde os primeiros dias da enchente, com repasses de R$ 7,9 milhões para benefícios sociais às famílias, apoio a empresas, além de reformas em hospitais, escolas e infraestrutura.
O governo federal, por sua vez, declarou que destinou, até 13 de dezembro, mais de R$ 200 milhões ao Município. Os recursos incluem auxílio às pessoas atingidas, apoio a empresas locais e medidas de reconstrução da cidade.