Tiroteio leva pânico ao maior aeroporto do Brasil
📷 Rede social/reprodução
Um tiroteio que teria como personagem principal o PCC (Primeiro Comando da Capital) levou pânico ao aeroporto mais movimentado do Brasil, o de Guarulhos, na tarde desta sexta-feira (8). Pessoas de classes mais altas da sociedade sentiram na pele o que é estar no meio de uma guerra entre bandidos, cena típica das comunidades e subúrbios de Rio de Janeiro e São Paulo. Uma pessoa morreu e pelo menos três ficaram gravemente feridas.
A vítima fatal foi o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, que, segundo autoridades, vinha recebendo ameaças de morte da facção criminosa PCC. O empresário estaria envolvido em uma disputa interna da organização e já havia sido alvo de uma tentativa de homicídio no Natal do ano passado.
O ataque aconteceu no momento em que Antônio Vinícius desembarcava de um voo vindo de Goiás, acompanhado da namorada. No aeroporto, ele teria encontrado dois seguranças, sendo que um deles estava com o filho do empresário, que teria presenciado o crime, cometido com tiros de fuzil a poucos metros de um carro da Guarda Civil Metropolitana.
Os feridos seriam dois motoristas de aplicativo e uma mulher que estava na calçada do aeroporto quando ocorreram os disparos. Segundo os investigadores, os três foram socorridos em estado grave.
Logo após o ataque, um veículo supostamente usado pelos atiradores foi localizado e apreendido pela Polícia Militar na avenida Otávio Braga de Mesquita, em Guarulhos. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que as investigações ainda apuram as circunstâncias e possíveis motivações do crime. Como o crime foi na área externa do aeroporto, quem investiga é a Polícia Civil e não a Federal.
Imagens que circulam nas redes sociais mostram ao menos uma pessoa ferida na pista de acesso ao desembarque e outra baleada dentro do terminal. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde dos feridos.
O policiamento no aeroporto, o terceiro maior da América Latina, e nas áreas próximas foi reforçado com o apoio de equipes do 3º Batalhão de Polícia de Choque.
A polícia considera a possibilidade de queima de arquivo. O empresário do ramo de criptomoedas havia assinado um acordo de delação premiada com o Ministério Público e mencionado o pagamento de propinas a policiais civis de São Paulo e lavagem de dinheiro da facção. Além disso, ele é acusado de ter mandado matar dois membros do PCC.
Ninguém foi preso.
ℹ️ UOL e G1.