Pressão da covid faz hospital ampliar tipos de atendimento na Emergência
A pressão gerada pela explosão de casos de coronavírus sobre a rede de assistência em saúde de Venâncio Aires fez o Hospital São Sebastião Mártir (HSSM) ampliar os tipos de atendimento que podem ser buscados na emergência da instituição de saúde.
Agora, além de casos urgentes (classificação vermelha do protocolo de Manchester) e muito urgentes (laranja), o plantão do HSSM também vai atender aos casos urgentes (classificação amarela), que são os pacientes graves, porém sem risco imediato de morte. O atendimento da classificação amarela prevê espera de até 50 minutos.
De acordo com a prefeitura, são casos como ferimentos, insuficiência respiratória grave, dor torácica, dentre outros.
O secretário de Saúde, Tiago Quintana (PDT), explicou que no pico anterior da pandemia, em março e abril de 2021, o hospital foi fundamental no acolhimento de todos os casos graves, fechando o pronto-atendimento (PA) para ampliar leitos clínicos e UTI para covid.
“Agora, no entanto, a maior demanda é ambulatorial e podemos contar, mais uma vez, com a compreensão do hospital na reabertura do PA para auxiliar nesse atendimento”, destacou.
História
No entanto, o fato é que o HSSM não deu conta de todos os casos graves no pior momento da pandemia em Venâncio Aires. Pacientes morreram na UPA por falta de leitos de UTI no hospital do Município e de outras cidades, com o sistema todo saturado.
A Capital do Chimarrão chegou a ser tema de matérias de TV em rede estadual por conta da fila por leitos de UTI.
De acordo com informações oficiais divulgadas pela prefeitura, pelo governo do Estado e pelo Ministério da Saúde na época, quatro moradores de Venâncio perderam a vida na UPA, um no bloco cirúrgico do HSSM, outro na Emergência do HSSM e dois em outras cidades – todos eles quando a UTI já não comportava mais ninguém.
Mais médicos
De acordo com o governo municipal, atualmente sete médicos atendem em regime de plantão de urgência e emergência na cidade, sendo quatro na UPA, dois no HSSM e um no Samu.
“Além disso, está com processo seletivo aberto para contratação de mais sete profissionais médicos para a rede de atenção básica, o que deve dobrar a capacidade de atendimento nas unidades de saúde nos próximos meses”, afirmou o governo.