Deputado federal do PDT

PF investiga corrupção e cumpre mandados em Venâncio Aires

Redação

Publicado quinta-feira, 13/02/2025, às 08:27

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📸 PF

A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (13), a operação Emenda Fest, com o objetivo de investigar crimes de desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva. As investigações apontam que verbas destinadas à melhoria das instalações do Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul, teriam sido direcionadas de forma irregular.

Policiais federais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e dois mandados de busca pessoal, além do afastamento de dois investigados de suas funções públicas e do bloqueio de valores em contas de pessoas físicas e jurídicas. As ações ocorreram em Estrela, Rosário do Sul, Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Lajeado e Brasília.

O Portal Significa perguntou para a Polícia Federal que tipo de endereço foi visitado pelos policiais em Venâncio Aires, mas a instituição respondeu que o inquérito corre sob sigilo.

Deputado citado

Os nomes dos investigados não foram divulgados, mas, segundo a Globo News, a investigação cita o deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT). Um assessor do parlamentar está entre os alvos das buscas. O portal G1 entrou em contato com Motta, mas não obteve resposta.

A Polícia Federal encontrou R$ 140 mil em dinheiro vivo com investigados, incluindo o assessor do deputado, um funcionário do hospital que receberia a emenda e um terceiro envolvido, ainda não identificado.

Contrato de propina

As apurações incluem indícios da existência de um “contrato de propina”, documento que detalharia o valor total da emenda e o percentual que teria sido desviado.

A operação faz parte de um contexto mais amplo de investigações sobre o uso irregular de emendas parlamentares. Atualmente, 20 inquéritos tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre possíveis desvios de verbas enviadas por deputados e senadores. Todos os casos correm sob sigilo e envolvem pessoas com foro privilegiado.

A operação e hoje foi autorizada pelo ministro do STF Flávio Dino, e novas ações podem ocorrer conforme o avanço das investigações.

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