Suposta espionagem

PF faz buscas em endereços de Carlos Bolsonaro

Redação

Publicado segunda-feira, 29/01/2024, às 08:59

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📸 Antonio Cruz/Agência Brasil/arquivo

A Polícia Federal desencadeou nesta segunda-feira (29) uma série de mandados de busca e apreensão visando aprofundar a investigação sobre a “Abin Paralela” durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Entre os alvos está Carlos Bolsonaro (Republicanos), vereador do Rio de Janeiro e filho do ex-presidente. A operação se concentra em indivíduos que supostamente receberam informações ilegais da agência de inteligência do governo (Abin).

O motivo da investigação também abrange um possível uso da agência para favorecer Flávio e Jair Renan, filhos de Bolsonaro. Em uma transmissão ao vivo nesse domingo (28), Bolsonaro negou a existência de uma “Abin paralela” para monitorar adversários.

Até o início da manhã desta segunda-feira, Carlos Bolsonaro não havia se pronunciado sobre a operação. Ele e o pai, segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, estão em uma casa de praia, buscando orientação de assessores e advogados sobre os desdobramentos das buscas e apreensões.

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Os alvos da PF incluem o gabinete do vereador e uma residência no Rio de Janeiro. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Este desdobramento é resultado das operações Vigilância Aproximada, realizada na última quinta-feira (25), e da Última Milha, em outubro de 2023. Ambas investigam o uso do software espião First Mile pela Abin e a produção de relatórios de inteligência no governo Bolsonaro.

A suspeita é que a agência tenha utilizado o software de geolocalização e produzido relatórios sobre ministros do STF, políticos e outros adversários do ex-presidente.

Na operação da semana passada, o foco principal foram os policiais que trabalhavam na Abin, especialmente no CIN (Centro de Inteligência Nacional), criado durante a gestão Bolsonaro. Sete policiais federais foram alvos da ação, incluindo Alexandre Ramagem, diretor da agência durante o suposto uso ilegal do software.

O CIN, criado na gestão de Ramagem, teria produzido relatórios e utilizado o First Mile em favor dos interesses do governo. Tido como amigo pessoal de Carlos Bolsonaro, Ramagem teve sua nomeação para o comando da PF barrada por Moraes em 2020.

ℹ️ Folha de S. Paulo.

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