Em números

Pesquisa da Unisc demonstra eficácia do distanciamento social

Artigo sobre o assunto foi publicado pela Revista Pan-Americana de Saúde Pública

Assessoria de Imprensa

Publicado segunda-feira, 25/10/2021, às 21:17

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Um estudo realizado por mais de 20 pesquisadores da Unisc e do Hospital Santa Cruz (HSC) demonstrou que o isolamento social é eficaz para diminuir a contaminação pelo novo coronavírus. O artigo sobre o assunto foi publicado pela Revista Pan-Americana de Saúde Pública.

A pesquisa teve o objetivo de investigar quantos por cento da população do Vale do Rio Pardo haviam sido contaminados pelo novo coronavírus e comparar este percentual ao grau de adesão por parte da população às medidas de distanciamento social.

O estudo compreendeu quatro etapas de coleta domiciliar de dados entre agosto e outubro de 2020, acompanhada de teste rápido de anticorpos IgM e IgG.

Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, clínicos e comportamentais, com aplicação de um questionário de três perguntas sobre adesão a medidas de distanciamento social, com foco no nível de distanciamento social que o entrevistado conseguia praticar, rotina de atividades do entrevistado e circulação de pessoas na casa.

Resultados

Dos 4.252 indivíduos testados e entrevistados, 11,8% não aderiram ao distanciamento social. Neste grupo 4,7% haviam tido contado com o vírus da covid. Já no grupo das pessoas que realizaram distanciamento social a proporção foi de 1,9%. Isso mostra que a chance de contrair a doença foi mais do que o dobro para as pessoas que não fizeram distanciamento social.

Os que menos se isolaram, segundo a estratificação da pesquisa, foram os grupos dos homens; faixa etária de 20 a 59 anos; com ensino médio completo; renda familiar mensal de R$ 3.136 a R$ 6.270; e moradores das zonas urbanas.

Conclusão

Conforme os pesquisadores, os resultados do estudo comprovam que a adesão a todas as medidas de distanciamento social foi fator de proteção contra a infecção pelo sars-cov-2, o vírus causador da covid-19.

“Os dados demonstraram que quanto maior a adesão às medidas de distanciamento social, menor a soroprevalência de sars-cov-2. Ressaltamos, também, que a colaboração coletiva da população mediante participação em estudos que entregam resultados em tempo real aos governos locais é capaz de amenizar os impactos negativos em casos de emergência de saúde pública”, reforçam os pesquisadores nas considerações finais do artigo.

Os autores

A pesquisa foi promovida pelo Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde da Unisc e pelo Grupo de Tecnologia, Ensino e Segurança do Paciente, coordenado pelo médico infectologista Marcelo Carneiro. O trabalho teve o apoio do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale), da Unisc e da Philip Morris Brasil.

O trabalho foi desenvolvido pelos pesquisadores Ana Paula Helfer Schneider, do Departamento de Ciências da Vida da Unisc; Mari Ângela Gaedke, Janine Koepp, Éboni Marília Reuter, Lia Gonçalves Possuelo, Andréia Rosane de Moura Valim e Marcelo Carneiro, do Programa de Pós-Graduação em Promoção da Saúde e Departamento de Ciências da Saúde; e Camilo Darsie, do Programa de Pós-Graduação em Educação e Departamento de Ciências, Humanidades e Educação da Universidade.

Também contou com a participação do grupo de pesquisa Covid – Vale do Rio Pardo, composto por Jane Dagmar Pollo Renner, Adilson Ben da Costa, Renato Michel, Ingre Paz, Daiana Klein Weber Carissimi, Suzane Beatriz Frantz Krug, Eliane Carlosso Krummenauer, Rochele Mosmann de Menezes, Clauciane Zell, Bruna Rezende, Caroline Bertelli, Fernanda Iochimns e Léa Vargas.

???? Com informações da assessoria de imprensa da Unisc.

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