Novela do mau cheiro tem novo capítulo nesta quarta-feira

Após supostamente detectar a fonte do péssimo odor que no fim de semana invadiu as ruas e lares de Venâncio Aires, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente disse nesta terça-feira (30) que tomou medidas: notificou o responsável e iniciou um Processo Administrativo Ambiental.

A causa apontada pelo governo local foi o uso de biofertilizantes em uma área de terra arrendada em Linha Ponte Queimada. Esta área seria do mesmo arrendatário apontado como responsável pelo fedor gerado em dezembro passado, em outra propriedade de Linha Ponte Queimada. O nome dele é mantido em sigilo.

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Nossa reportagem perguntou à prefeitura quais mecanismos ou instrumentos a Secretaria utilizou para assegurar que o causador do mau cheiro é este arrendatário. Não houve resposta até o fechamento desta matéria.

Manejo

Segundo a fiscal Carin Gomes, ao receber as denúncias nesse sábado (27), o governo local identificou a propriedade e constatou que o arrendatário usava um biofertilizante aprovado pela Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler) e registrado no Ministério da Agricultura, mas o manejo pode ter sido inadequado.

“O responsável foi orientado a incorporar imediatamente o composto ao solo para cessar o mau cheiro”, informou a prefeitura.

Análise do solo

Após a notificação, o responsável deve fazer coleta e análises de solo. Mesmo assim, ele já foi responsabilizado pelo “desconforto olfativo” à comunidade. Se houver danos maiores, como contaminação do solo, a multa pode aumentar. A secretaria aguarda os resultados da análise para dar continuidade ao processo administrativo.

A prefeitura, sob administração provisória da vice-prefeita Izaura Landim (MDB), mesmo partido do secretário de Meio Ambiente Nilson Lehmen, foi questionada sobre o valor da multa já aplicada e de quanto seria a multa por eventual contaminação do solo, mas também não respondeu.

Coleta do solo

A coleta do solo da propriedade apontada como causadora do cheiro de carniça e esterco que se espalhou por quilômetros está marcada para esta quarta-feira (31) e será acompanhada pela equipe técnica da Secretaria de Meio Ambiente.

A fiscal Carin destacou que o uso de adubos orgânicos não é proibido, mas deve ser feito adequadamente, considerando a qualidade, quantidade e condições climáticas. O uso correto deste tipo de fertilizante é considerado uma prática de proteção ambiental e conservação do solo.