O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul denunciou 27 pessoas por crimes licitatórios, corrupção e peculato em Cachoeira do Sul. A denúncia é resultado da operação Fandango, deflagrada em 2022.
A investigação apontou dois núcleos: político e empresarial, envolvendo a prefeitura e empresários de diversas áreas. Os crimes ocorreram entre 2021 e 2023.
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Segundo o MP, houve vantagem ilícita em contratos públicos, com prejuízo estimado de mais de R$ 6 milhões aos cofres municipais. Propinas eram cobradas por serviços de iluminação, pavimentação e locação de veículos, segundo a investigação.
O promotor João Beltrame destacou que os crimes foram cometidos por uma “organização criminosa” dentro da prefeitura, formada por servidores e empresários.
Entre os denunciados estão o ex-prefeito, o ex-procurador-geral, seis ex-secretários municipais, seis servidores públicos e seis empresários envolvidos no suposto esquema de corrupção.
O caso agora segue para o Poder Judiciário, que avaliará as acusações e o possível prejuízo total aos cofres públicos.
Cocaína em casa
Um dos acusados é o ex-prefeito de Cachoeira do Sul, José Otávio Germano (PP), que foi afastado do cargo em 28 de setembro de 2023. Na operação, agentes localizaram cocaína na casa dele. O político disse que o pó encontrado era talco. Ele renunciou ao cargo em 7 de dezembro de 2023.