Ministério Público processa Aegea Corsan por problemas na água
O Ministério Público do Rio Grande do Sul ingressou com uma ação civil pública contra a Aegea Corsan, nesta quinta-feira (28), exigindo soluções imediatas para a qualidade da água em Santa Cruz do Sul. Há quase um mês, moradores relatam odor, coloração e turbidez na água fornecida pela companhia privada.
O promotor de Justiça Érico Fernando Barin destacou que a empresa apresentou versões divergentes para a causa do problema, como proliferação de algas e despejo clandestino de resíduos, mas sem comprovação. Ele também citou reportagens que apontam aumento de casos de diarreia e dor abdominal após o consumo da água.
Na ação, o Ministério Público exige providências urgentes para normalizar o fornecimento e propõe multa diária de R$ 100 mil caso o problema persista ou haja interrupção no abastecimento.
Desequilíbrio
A Aegea Corsan se posicionou, na noite dessa quinta-feira (28), sobre os problemas de gosto e cheiro da água em Santa Cruz do Sul, atribuindo as alterações a um suposto desequilíbrio ecológico no Lago Dourado, causado pela proliferação anormal de algas. Segundo a companhia, embora a situação continue, a água distribuída é potável e segura para consumo.
Entre as ações adotadas, estão o monitoramento diário da água captada, ajustes no tratamento, aplicação de carvão ativado e testes com ultrassom. A Aegea também diz que realiza mais de 500 análises diárias nos seus laboratórios, além de testes adicionais no Laboratório Central de Águas, em Porto Alegre, para atender às normas de potabilidade do Ministério da Saúde.
A empresa afirma que, mesmo prejudicada pelo problema, segue empenhada em auxiliar o município e espera “medidas urgentes por parte dos órgãos competentes” para resolver a situação, sem citar quais seriam essas medidas e os órgãos responsáveis.