Balanço da 16ª Fenachim

Mais de 20% do orçamento da festa vem dos cofres públicos

Redação

Publicado sexta-feira, 20/05/2022, às 19:29

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???? Fenachim/divulgação

A organização da 16ª Fenachim apresentou, na tarde desta sexta-feira (20), um balanço preliminar da edição deste ano, que terminou no último domingo (15). O lucro da festa, conforme a Afenachim (Associação Festa Nacional do Chimarrão), foi de aproximadamente R$ 150 mil.

Embora a entidade que organiza a Fenachim não tenha fins lucrativos, gerar algum lucro é praticamente uma obrigação tácita já que, de cada R$ 100 do orçamento da festa deste ano, pelo menos R$ 20 foram injetados pelos cofres públicos.

O orçamento geral da festa deste ano foi de R$ 2,56 milhões, segundo a organização e, conforme relatórios de gastos públicos da prefeitura, os contribuintes bancaram R$ 549 mil.

Além disso, a prefeitura disponibilizou gratuitamente toda a estrutura do Parque do Chimarrão, que neste ano contou com melhorias, como o Chimarródromo, câmeras de vigilância, alarmes e reestruturações na parte elétrica. Estas três benfeitorias citadas somam cerca de R$ 550 mil.

Ainda de acordo com os relatórios de repasses, o dinheiro público disponibilizado para a festa de 2022 quase dobrou desde a última edição, em 2019, quando foram alocados R$ 300 mil.

Os arquivos de repasse à Afenachim estão disponíveis desde 2014. De lá para cá, a associação privada recebeu R$ 1,546 milhão da prefeitura para organizar quatro edições da Festa Nacional do Chimarrão.

Servidores da Fenachim

Também são emprestados para a Fenachim servidores de várias secretarias municipais. Eles deixam suas funções públicas ou parte da carga horária para cuidar da festa.

No quadro de humor semanal que a prefeitura tem nas redes sociais, um internauta questionou, nesta semana, por que uma demanda dele está parada há cerca de um mês no WhatsApp do Executivo Municipal. O autointitulado “ADM” da página respondeu, com outras palavras, que muitos servidores estavam direcionados para a Fenachim neste período.

Apesar do volumoso dinheiro público, estrutura pública e servidores públicos injetados na festa, a edição deste ano teve apenas dois dias de entrada gratuita – uma quinta e uma quarta-feira com poucas atrações. Nos outros sete dias, o visitante pagava R$ 10 para entrar no Parque do Chimarrão, além de R$ 20 de estacionamento.


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