Ganha mais que o vice

Governo de Mato Leitão cria cargo de R$ 14 mil para ex-prefeito

Redação

Publicado sábado, 18/01/2025, às 10:13

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📸 Gov. Mato Leitão/arquivo

Na última sessão da Câmara Municipal de Mato Leitão, realizada nessa terça-feira (14), foi aprovado o projeto de lei, apresentado pelo novo prefeito, Arly Stöhr (PDT), que cria o cargo de gestor de Governança na prefeitura, com salário de R$ 14.402,58.

O ex-prefeito Carlos Bohn (PSDB) ocupará a função a partir desta segunda-feira (20). Ele já foi prefeito de Mato Leitão por quatro vezes e não podia se reeleger para um terceiro mandato consecutivo nas últimas eleições.

A criação do novo cargo foi aprovada por cinco votos da base governista, enquanto três vereadores da oposição votaram contra. De acordo com os oposicionistas, o projeto, que havia sido baixado na sessão anterior da Câmara de Vereadores, foi reapresentado de última hora, sem apresentação da planilha de impacto orçamentário, conforme prevê a lei.

Segundo a justificativa apresentada pelo governo municipal, o novo gestor será responsável por acompanhar a evolução administrativa do município e atuar na articulação entre secretarias municipais e governos estadual e federal – tarefas típicas de um prefeito.

Mais que o vice

O salário para o cargo criado sob medida para Carlos Bohn só perde para o do prefeito, que recebe cerca de R$ 20,2 mil, e é muito superior ao de secretários municipais, cuja remuneração é de aproximadamente R$ 6,9 mil mensais. O vice-prefeito recebe aproximadamente R$ 10,1 mil.

A criação do cargo gerou debate entre vereadores, especialmente devido à proximidade entre o ex-prefeito e a administração atual, que Carlos Bohn ajudou a eleger, levantando questionamentos sobre necessidade e custo da função.

Quase um milhão

De acordo com a oposição, a planilha de impacto orçamentário fui apresentada somente depois da votação. O documento mostra que a despesa com o novo cargo, em 2025, será de R$ 226,6 mil. Em 2026, a despesa será de R$ 237,9 mil e, em 2027, ela será de R$ 249,8 mil.

Projetando-se o cálculo orçamentário para os quatro anos de mandato do atual governo, o custo com a criação do novo cargo chega a R$ 976,6 mil.

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