Bombas

Efeitos da guerra chegam ao Brasil

Petrobras anuncia megarreajustes de preços da gasolina (18,7%), diesel (24,9%) e gás de cozinha (16%) para as distribuidoras a partir desta sexta-feira (11)

Redação

Publicado quinta-feira, 10/03/2022, às 20:20

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A invasão da Ucrânia pelo governo autocrata de Vladimir Putin, da Rússia, está completando 15 dias nesta quinta-feira (10). Foi o tempo que levou para as consequências da guerra chegarem ao Brasil.

A Petrobras anunciou megarreajustes de preços da gasolina (18,7%), diesel (24,9%) e gás de cozinha (16%) para as distribuidoras a partir desta sexta-feira (11), após 57 dias sem aumento, provocando longas filas de automóveis nos postos de combustíveis de todo o País neste fim de tarde.

A companhia alega que precisou fazer os reajustes para manter o abastecimento, após disparada do preço do barril de petróleo no mercado internacional. Segundo analistas econômicos, o aumento poderia ter sido ainda maior, considerando a defasagem de preços da Petrobras em relação ao custo da matéria-prima no mercado internacional.

O forte aumento também vai refletir na inflação dos próximos meses e chegar à mesa dos brasileiros, já que o valor do frete terá que ser corrigido e repassado aos produtos.

A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Fertilizantes) calcula que a gasolina vai subir 50 centavos, em média, nas bombas, enquanto o diesel terá alta de aproximadamente um real por litro.

Críticas

A decisão da cúpula da principal estatal brasileira também provocou fortes reações políticas e de caminhoneiros. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), criticou duramente o mega-aumento no preço dos combustíveis, acusando a estatal de insensibilidade e classificando a medida como “um tapa na cara” do Brasil.

O ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, Marcio Pochmann, afirmou em uma rede social que a política de preços da estatal do petróleo é consequência de sua privatização.

“A gasolina muito mais cara no Brasil decorre da privatização da Petrobras e de sua distribuidora de combustíveis que permite que 400 empresas importem dos Estados Unidos, pagando em dólar, quando o Brasil é autossuficiente”, criticou o economista venâncio-airense.

Vai parar

O líder da greve dos caminhoneiros que parou o Brasil em 2018, Wallace Landim, o Chorão, disse ao portal Metrópoles, de Brasília, que não há mais condições de trabalho para a categoria.

“A promessa de governo do presidente Jair Bolsonaro até agora não se cumpriu. E isso não é uma pauta só dos caminhoneiros. Estamos juntos com o povo para fazer o melhor para o nosso país. O Brasil vai parar automaticamente, porque não se tem mais condições de rodar”, afirmou Chorão.

???? Com informações da Agência Brasil, UOL e Metrópoles.


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