Duas privatizações que estão castigando os gaúchos
Assim como o contribuinte está sendo castigado ao trafegar pelos buracos cada vez maiores e mais numerosos da RSC-287, após sua privatização, os consumidores da CEEE Equatorial também amargam dias de falta de luz em Porto Alegre e região metropolitana.
Até esta quarta-feira (9), já são mais de 72 horas de apagão e prejuízos para cerca de 65 mil famílias e empresas, sob fortes críticas da população e da opinião pública.
O superintendente técnico da CEEE Equatorial, Julio Hofer, disse à Rádio Gaúcha, nesta quarta, que todos esses casos “são diferentes” em uma área muito grande, e que a normalização deve ocorrer “o quanto antes”.
Tanto no caso da rodovia esburacada que corta os vales, quanto no apagão da CEEE, os políticos que fizeram lobby pela privatização sumiram da mídia, exceto o governador Eduardo Leite (PSDB), que só se posicionou porque foi indagado hoje pelo jornal Zero Hora.
“Os problemas que estão sendo registrados não tiram o mérito do acerto que foi a privatização da companhia”, respondeu ele, referindo-se à CEEE, que foi comprada pelo grupo Equatorial por R$ 100 mil e o compromisso de pagar R$ 1,7 bilhão em ICMS atrasado, no prazo de 15 anos. O governo estadual garante que a CEEE estava quebrada antes de ser vendida.
