Afonso Motta

Deputado federal defende assessor, mas decide demiti-lo

Redação

Publicado sexta-feira, 14/02/2025, às 18:24

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📸 Bruno Spada/Câmara dos Deputados

O deputado federal gaúcho Afonso Motta (PDT) afirmou ao jornal O Globo que vai desligar seu chefe de gabinete, Lino Rogério da Silva Furtado, investigado pela Polícia Federal em um suposto esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares destinadas ao hospital Ana Nery, de Santa Cruz do Sul.

“Eu voltei para o Rio Grande do Sul hoje [sexta] de manhã cedo, estou aqui, segunda-feira volto para Brasília e terça-feira vou exonerá-lo. Ele era responsável pela coordenação do meu gabinete, tenho que ver mais alguma coisa que eu tenho que fazer em relação ao desvinculamento dele do gabinete e da Câmara por via de consequência”, adiantou ao jornal do Rio de Janeiro.

Apesar da exoneração de seu escudeiro após 15 anos de serviços prestados, o deputado defendeu seu assessor, destacando que não há provas que o vinculem diretamente ao esquema. “Não há nada que envolva o gabinete ou o chefe de gabinete nesse processamento e formalização”, disse Afonso Motta.

Segundo a investigação, Afonso Motta (foto acima) destinou ao menos R$ 1,07 milhão em emendas para o hospital Ana Nery e parte deste valor de dinheiro público teve uma “comissão de 6%” para atravessadores (lobistas). De acordo com a PF, isso é corrupção.

Investigado

O nome de Afonso Motta aparece no inquérito, mas seu gabinete no Congresso não foi alvo de buscas. A Polícia Federal ainda investiga se o deputado tinha conhecimento ou participação no esquema, apesar dele dizer que não é investigado.

Se não houvesse a possibilidade do parlamentar ser investigado, não haveria motivo para as ordens judiciais terem partido do Supremo Tribunal Federal para cumprimento do Polícia Federal, já que assessor parlamentar não tem prerrogativa de foro.

O deputado federal gaúcho ficou reunido por mais de duas horas com um dos homens mais ocupado do Brasil, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta, nessa quinta-feira (13), para discutir a investigação da PF.

Companheiros de AP

O assessor Lino Furtado permanece em liberdade enquanto a investigação segue em andamento. Ele dividia um apartamento funcional em Brasília com o deputado Afonso Motta, mas o parlamentar disse para a imprensa de Brasília que estaria desocupando o imóvel ainda nesta semana. O apartamento foi alvo da operação da PF nessa quinta-feira.

Dinheiro vivo

Policiais já apreenderam mais de R$ 250 mil com os alvos, sendo que R$ 10 mil estavam com o assessor do deputado.

De acordo com a PF, os supostos crimes em investigação são desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva.

ℹ️ Gaz, Poder 360, Estadão, O Globo, CNN Brasil.


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