Com atraso e aumento no pedágio, começa duplicação da RSC-287
📷 Richard Dettenborn/Significa
Com mais de um ano de atraso em relação ao prazo inicialmente prometido, as obras de duplicação da RSC-287 foram iniciadas nesta quarta-feira (6) em Santa Cruz do Sul. O governador Eduardo Leite (PSDB) esteve nos quilômetros 99 e 103 da rodovia para acompanhar o início das intervenções.
Em fevereiro do ano passado, a concessionária Rota de Santa Maria havia afirmado que as obras começariam em 2023 e que, hoje, 30 quilômetros já estariam concluídos.
Além do atraso, usuários da RSC-287 enfrentaram um aumento significativo nos valores do pedágio, praticamente uma duplicação. A tarifa para veículos de passeio subiu de R$ 14, cobrados pela estatal EGR em seu último dia de concessão, para R$ 25 no trecho completo, entre Santa Maria e Tabaí, e passou a incluir motocicletas, que antes não pagavam pedágio. Também não há mais isenção para quem passa duas vezes no mesmo sentido no mesmo dia, como ocorria na época da administração da EGR.
A qualidade do asfalto, por sua vez, não difere muito dos tempos da estatal gaúcha de rodovias, permanecendo praticamente os mesmos segmentos com fendas, pequenos buracos (foto abaixo) e desníveis.
Um dos trechos historicamente críticos fica perto do posto da Polícia Rodoviária Estadual, em Santa Cruz do Sul, a poucos metros de onde o governador Eduardo Leite esteve em solenidade (foto abaixo) da tarde desta quarta-feira (6).
Como deve ser
As obras estão iniciando simultaneamente em dois pontos urbanos da RSC-287: entre os quilômetros 28 e 30, em Tabaí, e entre os quilômetros 101 e 105, em Santa Cruz do Sul.
A concessionária Rota de Santa Maria prevê a conclusão dessas primeiras intervenções até agosto de 2025.
O cronograma estabelecido em contrato prevê que 63% do trecho total, ou cerca de 128 km, sejam duplicados até o nono ano da concessão, abrangendo o percurso de Tabaí até Candelária.
Somente em 2027
A partir do quarto ano, a duplicação está liberada para segmentos específicos em Candelária, Novo Cabrais, Paraíso do Sul e Santa Maria.
No sexto ano (de 2027 para 2028), serão duplicados os trechos entre Tabaí e Santa Cruz do Sul, o que contempla Venâncio Aires. Mas não há previsão específica sobre quando o canteiro de obras passará pela Capital do Chimarrão.
No oitavo ano, a duplicação se dará entre Santa Cruz do Sul e Candelária; e no nono, entre Candelária e Novo Cabrais.
O trecho final, de Novo Cabrais a Santa Maria, será duplicado conforme o tráfego atingir 18 mil eixos diários nas praças de pedágio, o equivalente a cerca de R$ 180 mil de arrecadação por dia em cada praça.