Cinco servidores são afastados por assassinato dentro de presídio
📸 Vitor Rosa/Gov. RS
O governador em exercício do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), anunciou nesta segunda-feira (25) o afastamento de cinco servidores do Complexo Prisional de Canoas após o assassinato de um detento dentro da unidade, no último sábado (23).
A vítima, Jackson Peixoto Rodrigues, conhecido como “Nego Jackson”, 41 anos, era apontada como chefe de uma organização criminosa. Outro preso de alta periculosidade é suspeito de efetuar os disparos com uma pistola 9 mm que ninguém sabe ao certo como entrou no presídio.
Entre os afastados estão o diretor do complexo, dois supervisores de turno, o chefe de segurança e o responsável pela galeria no momento do crime. A medida, segundo Gabriel Souza (foto), visa garantir uma investigação isenta pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e pela Polícia Civil.
“Isso não implica em culpabilidade de qualquer um dos servidores, mas buscamos uma apuração rigorosa e célere. Ao término, dependendo dos resultados, os servidores podem retornar às funções”, afirmou o governador em exercício, que se pronunciou no Palácio Piratini devido à viagem do governador Eduardo Leite (PSDB) à Ásia.
Perigo de tomar as ruas
Com receio de que a execução de um líder criminoso provoque uma guerra entre facções nas ruas do Rio Grande do Sul, o Estado determinou novos procedimentos para tentar coibir o avanço da criminalidade no sistema prisional: a realização de três revistas diárias dentro da galeria onde aconteceu o crime e varreduras em outras unidades prisionais do Estado. Além disso, o governo está reforçando a segurança na Região Metropolitana.
“Imediatamente, já no domingo, deslocamos mais de 500 policiais militares para reforçar a segurança das ruas das cidades de Porto Alegre e de toda a Região Metropolitana. O setor de inteligência também está mobilizado, bem como o Batalhão de Aviação da Brigada Militar”, ressaltou Gabriel. “Portanto, por ar e por terra, estamos atentos e alertas para qualquer situação que possa colocar em risco a vida das pessoas.”
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar a morte de Jackson Peixoto Rodrigues. Dois apenados foram autuados em flagrante pelo homicídio, e as investigações terão continuidade para apurar as circunstâncias do crime.