Santa Cruz do Sul

BM apura se policiais faziam “bico” em noite de tiroteio

Redação

Publicado quinta-feira, 25/07/2024, às 20:52

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A Brigada Militar (BM) do Vale do Rio Pardo instaurou um inquérito policial militar para investigar a atuação de policiais em uma briga generalizada que ocorreu nas imediações da casa de festas Yves, na madrugada do último sábado (20).

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O comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo, coronel Giovani Paim Moresco, confirmou a abertura do inquérito durante uma entrevista à rádio Gazeta FM 107,9 na manhã desta quinta-feira (25).

A ocorrência, amplamente divulgada em aplicativos de mensagens através de vídeos gravados por testemunhas, mostrou agressões, disparos de arma de fogo e várias pessoas feridas.

Pelo menos dois policiais militares foram identificados participando do incidente, com indícios de que um terceiro policial também possa estar envolvido. Um dos policiais é suspeito de ter efetuado disparos que atingiram vítimas.

Bico não existe

Segundo o coronel Moresco, a investigação buscará confirmar se os policiais estavam atuando como seguranças privados na casa de festas, uma prática considerada ilegal e passível de penalidades disciplinares.

“É irregular um PM atuar como segurança privado. A lei diz que temos dedicação exclusiva, e só podemos exercer outra atividade na docência ou área da saúde, o resto não pode ser feito. Esse negócio de bico não existe”, afirmou Moresco.

Ele enfatizou que qualquer atividade irregular por parte dos policiais será tratada com seriedade: “O que o PM faz na folga, em tese, não é problema meu, desde que não incida em algo irregular. […] Segurança privada não faz parte de nosso escopo profissional. Se isso for comprovado, a lei é sábia e não se reescreve, vai ser seguido o que a lei diz.”

Apuração

Moresco assegurou que o comando regional não ignora nenhuma ocorrência que mereça investigação: “Este comandante regional não engaveta nada e não bota nada pra debaixo do tapete. Não faço de conta que não vi, e não deixo de lado. Todo e qualquer fato que mereça nossa interpelação investigativa, vamos fazer.”

A investigação preliminar já aponta a necessidade de uma investigação policial judiciária militar para determinar as circunstâncias exatas dos fatos.

“O que recebemos de detalhes preliminares é que teria participação de policiais militares, a partir de imagens e informações que estão nas mãos do encarregado do inquérito”, adiantou Moresco.

O procedimento da BM tem um prazo inicial de 40 dias para ser concluído, podendo ser prorrogado por mais 20 dias.

ℹ️ Gaz

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