Assalto em Caxias está entre os maiores do RS; confira a lista
📷 CFTV/reprodução
O assalto audacioso e cinematográfico a um carro-forte, no aeroporto de Caxias do Sul, nessa quarta-feira (19), é o segundo maior já registrado no Estado. A quadrilha tentou roubar R$ 30 milhões e conseguiu levar R$ 15 milhões, atrás apenas do assalto recordista de 2002, em Jaguarão, onde foram levados R$ 5,7 milhões em mercadorias de um depósito da aduana. No entanto, o valor corrigido pela inflação seria hoje de R$ 21,2 milhões.
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O crime em Caxias do Sul também é o sexto maior do Brasil. O maior é um roubo de aproximadamente R$ 500 milhões, de um banco privado, em plena Avenida Paulista, em 2011. Atualmente o valor seria de R$ 1,04 bilhão.
Na história do Estado, três dos cinco maiores assaltos ocorreram na serra gaúcha, todos envolvendo carros-fortes.
Santa Cruz do Sul
O terceiro maior assalto do Rio Grande do Sul ocorreu em 2006, em Santa Cruz do Sul, com uma quadrilha liderada pelo candelariense José Carlos dos Santos, o Seco, roubando R$ 3,9 milhões (R$ 10,5 milhões, atualmente) de uma empresa de depósito e transporte de valores.
O assalto em Santa Cruz do Sul e o de Caxias do Sul compartilham a trágica coincidência de um policial militar morto pelos bandidos, ambos com tiro de fuzil.
No caso mais recente, a vítima foi o sargento Fabiano Oliveira. Em 2006, a vítima foi o capitão da Brigada Militar, André Sebastião Santos dos Santos.
Sangue e algemas
No ano do crime em Santa Cruz, Seco era um dos bandidos mais procurados do Brasil. Numa quinta-feira antes da Páscoa, três dias depois do roubo, o sangue do capitão André no asfalto significou, enfim, algemas nos punhos do assaltante de Candelária, capturado em Paverama, no Vale do Taquari, ao lado de um comparsa, após intensa troca de tiros com quatro agentes da Polícia Civil às margens da BR-386.
Seco foi condenado a quase 200 anos de prisão, dos quais já cumpriu 18. Quer dizer que poderá sair da cadeia de segurança máxima de Charqueadas daqui a 12 anos.
Desde janeiro de 2020, a Lei Anticrime aumentou de 30 para 40 anos o tempo máximo que alguém pode ficar preso no Brasil, mas isto só vale para crimes cometidos desde 23 de janeiro de 2020. Isso porque a Constituição determina que a legislação penal só retroage quando beneficia o réu.
Maiores assaltos do RS
A seguir estão os maiores assaltos cometidos no Rio Grande do Sul, tendo como critério o valor roubado pelos criminosos, atualizado pela inflação.
- Jaguarão, aduana, 2002: R$ 21,2 milhões
- Caxias do Sul, carro-forte dentro de aeroporto, 2024: R$ 15 milhões
- Santa Cruz do Sul, empresa de guarda de valores, 2006: R$ 10,5 milhões
- Farroupilha, carro-forte em rodovia, 1995: R$ 5,9 milhões
- Bento Gonçalves, carro-forte em rodovia, 2005: R$ 2,5 milhões
- Veranópolis, dois carros-fortes em rodovia, 2005: R$ 2 milhões
- Bento Gonçalves, carro-forte em rodovia, 2018: R$ 1,3 milhão
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