Após sumiço dos colchões, prefeitura muda texto das portarias
O episódio do sumiço de mais de 1.700 colchões de solteiro, que deveriam ser destinados às vítimas da enchente em Venâncio Aires e não foram localizados no estoque da prefeitura, veio à tona por meio de uma portaria que determinava a abertura de uma investigação interna para apurar o desaparecimento.
A Câmara de Vereadores chegou a instaurar uma CPI para investigar o caso, mas, ao menos até o fim da semana passada, a Comissão Parlamentar de Inquérito não tinha sequer seus membros designados e, portanto, não iniciou qualquer apuração — a primeira CPI fake da história da Capital do Chimarrão.
Após esse episódio, o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa (PDT), passou a assinar portarias de investigação interna sem apresentar dados concretos sobre o que está sendo apurado. Nas últimas semanas, foram publicadas várias portarias deste tipo, evidenciando uma série de problemas internos — agora omitidos da população.
Documento do documento
A mais recente tem data desta segunda-feira (14) e trata de uma sindicância investigatória para apurar uma irregularidade mencionada em outro documento interno de 2025.
A nova apuração aumenta ainda mais a carga de trabalho dos três servidores que, atualmente, conduzem praticamente todas as investigações da prefeitura — desde o desaparecimento dos colchões, passando por atropelamento de cachorro sem prestação de socorro, até a apuração sobre os quatro empregados públicos acusados de fraudar dados da Vigilância Ambiental.
A comissão formada por esses três servidores tem prazo de 120 dias para apresentar um relatório conclusivo sobre mais esta sindicância ao prefeito.