Estado intensifica vigilância para identificar possível entrada da variante ômicron
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) intensificou desde esta segunda-feira (29) o trabalho de vigilância genômica que permite identificar as variantes do coronavírus circulantes no Estado. A finalidade é verificar a possível entrada da nova variante ômicron, identificada na África do Sul.
De acordo com o especialista em saúde do Cevs, Richard Steiner Salvato, todas as amostras analisadas nos laboratórios do Cevs que resultarem positivas e que tenham carga viral suficiente passarão por um teste de RT-PCR específico para a identificação de possíveis casos da variante ômicron.
Caso o teste indique a presença de uma mutação existente na ômicron e não na delta ou na gamma (variantes em circulação no Rio Grande do Sul atualmente), essa amostra passará por um sequenciamento genético completo para a confirmação.
Transmissão e vacinas
Salvato explica que a ômicron apresenta um grande número de mutações na proteína spike do vírus, que é a parte responsável por se ligar à célula humana, e também é a região em que parte das vacinas agem.
As mutações na proteína spike fazem, principalmente, com que o vírus se torne mais transmissível. “A preocupação se dá pela rápida disseminação em países da África, mas ainda não é possível afirmar que, de fato, há alterações significativas no comportamento do vírus com essa variante”, completou.
A vigilância genômica do coronavírus é um trabalho de rotina do Cevs durante a pandemia, mas é intensificada durante os períodos em que surgem novas variantes de preocupação no mundo.