Megaoperação da Polícia Civil prende lideranças do crime
A Polícia Civil de Venâncio Aires desencadeou na manhã desta terça-feira (25) uma megaoperação regional para desmantelar uma organização criminosa que vem lavando dinheiro do tráfico de entorpecentes há vários anos.
Na Capital do Chimarrão, as ações se concentraram em um sítio de Linha Coronel Brito, onde houve prisões, e no bairro de mesmo nome, além de escritórios de advocacia e contabilidade, no Centro.
A chamada operação Enxuta contou com participação de agentes do Grupo de Inteligência e Estratégia da Polícia Civil, do grupamento aéreo da Polícia Civil e de delegados de polícia de outros municípios.
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Entre as ordens judiciais cumpridas estavam seis prisões preventivas, quatro delas em Venâncio Aires, uma na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas e outra em Santa Cruz do Sul.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão, na Capital do Chimarrão, Encantado, Santa Cruz do Sul e Charqueadas.
Esposas presas
Dos seis presos, três deles possuem condenações por tráfico. As esposas de dois deles também foram presas, além de um empresário que possui uma revenda de veículos na cidade de Venâncio Aires — os nomes não são divulgados pela polícia em cumprimento à lei federal de abuso de autoridade.
O portal Gaz, de Santa Cruz do Sul, apurou que o principal alvo da operação é Osni Valdemir de Mello, de 61 anos, conhecido como Sapo. Ele cumpria prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica, em Santa Cruz do Sul, e foi preso na ofensiva desta terça-feira, coordenada pelo delegado Paulo César Schirrmann, titular da Delegacia de Polícia de Venâncio Aires.
O portal santa-cruzense também levantou a informação de que a operação desta terça-feira mirou os dois filhos de Sapo: Deivid Andriel de Mello, o Dedê, de 31 anos, que atualmente cumpre pena de 43 anos na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas; e Dieike Andrigo de Mello, de 38 anos, que já foi investigado por tráfico de drogas, associação para o tráfico, lesão corporal e disparo de arma de fogo, e estava em liberdade.
Uma centena de imóveis
A investigação encontrou mais de cem imóveis em nome dos investigados e operações bancárias que ultrapassam a casa dos R$ 20 milhões, conforme a Polícia Civil.
Foram apreendidos cinco veículos: um Toyota Corolla 2023, um Jeep Compass 2022, um Toyota Prius 2017, um Toyota Corolla 2015 e uma Chevrolet S10 2013.
Considerando a soma do valor dos imóveis, dos carros e das contas bancárias, a operação policial em curso pode tirar cerca de R$ 50 milhões do crime organizado, caso as decisões não sejam revertidas em instâncias superiores do Poder Judiciário.