Estado emite um Aviso e decide por ensino presencial obrigatório
O Gabinete de Crise também decidiu autorizar mudanças nos protocolos de competições esportivas
Em reunião na tarde desta quarta-feira (27), o Gabinete de Crise do Estado decidiu autorizar mudanças nos protocolos de competições esportivas e das escolas gaúchas, determinando o retorno obrigatório às aulas presenciais para estudantes da Educação Básica.
Além disso, o GT (grupo de trabalho) Saúde divulgou um Aviso para a região de saúde de Pelotas, que recebeu a notificação pela segunda semana consecutiva. As outras 20 regiões não receberam Avisos ou Alertas.
O Aviso é o primeiro passo do Sistema 3As de Monitoramento, com o qual o governo do Estado gerencia a pandemia no Rio Grande do Sul. Conforme os técnicos do GT Saúde, Pelotas apresentou piora em alguns indicadores em relação à semana anterior, por isso recebeu novamente a notificação, para que possa controlar a propagação do vírus na região.
Torcidas organizadas
O Gabinete de Crise ainda debateu alguns pedidos e demandas setoriais em relação a protocolos vigentes. Entre os quais, o pedido dos clubes de futebol da capital – Grêmio e Internacional –, para abertura das arquibancadas, sem demarcação de assentos, para as torcidas organizadas.
A equipe de governo entendeu que é possível atender à solicitação nos estádios da Arena do Grêmio e do Beira-Rio, em caráter experimental, nos termos solicitados pelos clubes e respeitando as especificidades destes.
O limite de 30% de ocupação dos estádios – que é o protocolo vigente para competições esportivas com mais de 2,5 mil pessoas – segue sem alteração. A autorização excepcional será informada aos dois clubes e passa a valer de forma imediata.
Retorno obrigatório
Por fim, o Gabinete de Crise decidiu acatar o pedido da Secretaria da Educação para que o retorno presencial às aulas se torne obrigatório aos estudantes da Educação Básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) em todas as redes de ensino do Rio Grande do Sul (estadual, municipais e privadas).
“As crianças e adolescentes não estão isolados em casa. Estão interagindo e participando da sociedade. Portanto, não adianta apenas restringir a interação deles na escola. A escola é onde muitos têm acesso à alimentação e onde o processo de aprendizagem é mais efetivo”, afirmou o governador Eduardo Leite (PSDB), que coordenou o Gabinete de Crise.
Em reunião com Ministério Público, foi pontuada a importância e o compromisso para que todas as crianças e jovens voltem a frequentar a escola de maneira presencial, para mitigar os efeitos da pandemia na educação. Entre os argumentos, o fato de que muitos alunos não voltaram aos estudos e que o processo de ensino aprendizagem é mais efetivo com o estudante presente em sala de aula, como apontam estudos.
Exceções
Em casos de excepcionalidade, como condições médicas específicas e comorbidades, será autorizada a continuidade das atividades escolares do estudante em regime remoto. O detalhamento dessas exceções será debatido entre as equipes das secretarias da Educação e Saúde e posteriormente publicadas em decreto.
“A escola não é foco de contaminação, ela reflete a condição da comunidade em que está inserida. Precisamos desse retorno pela questão pedagógica, cada dia é importante para os estudantes. Quanto mais tempo sem a escola, mais difícil é trazer os jovens de volta”, disse a secretária da Educação, Raquel Teixeira.
As mudanças autorizadas ainda serão detalhadas e oficializadas pelo governo do Estado em decretos e normas.
???? Com informações do governo do Estado.