Onda da ômicron está recuando com a mesma força com que chegou
A onda de contaminações causadas pela variante ômicron do coronavírus foi a maior desde o início da pandemia em Venâncio Aires. No entanto, as estatísticas (gráfico abaixo) mostram que ela está recuando com a mesma força com que chegou.
Até então, o maior volume de contaminações havia ocorrido do início de fevereiro até o fim de abril de 2021. Na ocasião, o pico de contágios medido pela média móvel foi de 120,4 por dia, registrado em 8 de março. O dia com mais testes positivos informados foi 15 de março, com 247 contaminações.
A onda mais recente de casos começou por volta do dia 26 de dezembro de 2021 e chegou ao máximo de força em 27 de janeiro, quando a média móvel bateu em 180,9 casos por dia. Em 24 de janeiro, ocorreu o recorde de testes positivos da pandemia em Venâncio Aires: 312.
Interrupção
Nesta quarta-feira (9), a média móvel já havia caído para 16,6 novos casos por dia nos últimos sete dias – quase 11 vezes menos que o pico. A linha da média móvel, em laranja, vinha despencando de 27 de fevereiro até 6 de março, mas teve um repique nesta semana.
Epidemiologistas já previam esta interrupção, citando o carnaval e a volta às aulas. Levando-se em conta as outras ondas de contágio, a parada na queda deve durar poucos dias.
Menos procura
De acordo com o secretário municipal de Saúde, os números analisados pela prefeitura também mostram queda nos contágios. “A procura por testes de pessoas com sintomas respiratórios, ontem [terça-feira, dia 8], no posto de testagem, foi bem baixa. Acho que foram 24 testes, e tinha dias que chegava a ter ali uma procura bem acima. Chegava a ter mais de 100, e a gente nem conseguia atender tudo isso”, comparou Tiago Quintana (PDT).
O posto de testagem fica ao lado da UBS Gressler e deve ser desmontado nos próximos dias, segundo o secretário, liberando profissionais de saúde que lá atuam para voltarem a seus postos de trabalho de rotina.
Hospitalizações e mortes
As internações por casos suspeitos ou confirmados de covid no Hospital São Sebastião Mártir também estão em queda. No dia 9 de fevereiro ocorreu o ápice de pacientes hospitalizados este ano: 20. Nesta quarta-feira (9) eram quatro (estatística da Secretaria Estadual da Saúde), voltando ao patamar do fim de dezembro.
Nesta onda de contágios – que ainda não terminou – atribuída à variante ômicron, cinco pessoas perderam a vida na Capital do Chimarrão. No ano passado, foram 68 perdas durante a tragédia que durou de fevereiro a abril. Na época, a variante gama (ou P1) era predominante no Estado e a vacinação contra a covid estava apenas começando.